A palavra fitoterapia consiste na junção de dois radicais gregos, no caso phyton (fito) e therapia (terapia). O primeiro designa planta e o segundo tratamento. Logo, designa tratamento utilizando plantas medicinais.
Segundo o Ministério da Saúde (Portaria nº 971/2006), a fitoterapia é considerada um recurso terapêutico capaz de incentivar o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social e por isso deve ser incorporado ao Sistema Único de Saúde, sendo declarada como ramo da medicina alternativa que utiliza planta para prevenir e tratar doenças.
Portanto, a fitoterapia é um ramo da medicina alternativa. Portanto, considerada uma prática integrativa e complementar que consiste na utilização de plantas medicinais, assim entendido todo e qualquer vegetal que possui propriedades que possam ser usados para fins terapêuticos, visando a prevenção de doenças e a recuperação da saúde.
Diante disso, destaca-se que a utilização das plantas medicinais é uma prática comum, cultural e difundida entre os povos mundo afora, sendo empregadas sob os mais variados modos, tais como chás, banhos, tinturas, sucos, cataplasmas, unguentos, garrafadas etc., sempre empregados com o objetivo de tratar doenças ou aliviar os efeitos das diversas enfermidades que assolam as pessoas desde os tempos mais remotos.
No Brasil, por existir uma flora abundante e diversificada, a prática do uso das plantas como remédios ou como alimentos encontra-se enraizada na cultura popular, inclusive as famílias cultivam em suas hortas caseiras diversas plantas de efeito medicamentoso, cuja prática, comumente, se transmite hereditariamente.
Sem mencionar a facilidade de acesso às plantas e o seu baixo custo, cabe mencionar que a ciência tem demonstrado a eficiência da medicina popular. Tal fato fica cada vez mais evidente ante a crescente disponibilidade de drogas à base de ervas.
INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO
Sabidamente, a fitoterapia fornece ao ser humano um grande leque de tratamentos que redundam na melhora da qualidade de vida, especialmente por se tratar de produtos naturais que não apresentam os efeitos colaterais ou nocivos próprios dos medicamentos industrializados ou sintetizados.
Embora as plantas medicinais ofereçam menos efeitos nocivos ao organismo humano, quando comparadas com os fármacos produzidos pela indústria farmacêutica, isto não significa inexistência de riscos. É preciso compreender que os remédios à base de plantas são usados de diferentes formas, o que pode afetar os resultados de suas atividades finais.
Assim, a forma de dosagem dos medicamentos varia amplamente, dependendo de fatores como o tipo de doença a ser tratada, a via de aplicação, o paciente, a cultura, e até mesmo os antecedentes fisiológicos. Frequentemente são preparados a partir de ervas frescas ou secas que são comumente transformadas em infusões, tinturas, pós, pastas para serem aplicadas em feridas abertas ou incorporados em chás ou nos próprios alimentos.
Ainda que as indicações sejam infinitamente superiores às contraindicações, recomenda-se cautela no uso, assim como um diagnóstico adequado acerca do paciente, especialmente sobre o que pode ou não consumir ou utilizar em seu organismo ou corpo. É preciso estar atendo a toxidade própria de certos tipos de plantas, assim como sobre o risco de intoxicação advinda do uso prolongado de certas ervas, raízes, flores, entre outros.
Logo, a contraindicação reside na toxidade de certas plantas ou na possível intoxicação pelo uso prolongado. No mais, inexistem maiores preocupações.
CONTRIBUIÇÃO À PARAPSICOLOGIA
Embora a parapsicologia, por alguns, seja considerada uma pseudociência, é preciso compreender que ela exerce importante função na pesquisa dos fenômenos psíquicos, os quais, dadas as certas características, são tidos como paranormais. Logo, a parapsicologia se dedica ao estudo da mente humana visando compreender os fenômenos ou comportamentos que lá ocorrem, sejam eles sobrenaturais ou não, e que são considerados inexplicáveis para muitos.
No exercício da parapsicologia, não raro, o parapsicólogo se depara com inúmeras patologias relacionadas ao sistema nervoso central, algumas de natureza degenerativas (Mal de Alzheimer, Parkinson, entre outras) e outras que afetam as emoções e os comportamentos de acordo com os sentimentos. Estas, comumente, estão relacionados ao estresse, como a depressão, o transtorno de ansiedade generalizada, a insônia, a síndrome do pânico, a falta de capacidade de enfrentar problemas, a solidão, o medo, as consequências do abuso sofrido na infância, entre outras.
Referidas moléstias, cuja maioria é considera como o mal do Século XXI, provocam fenômenos ou situações que impedem que as pessoas tenham uma vida regular e saudável. Trata-se de males que as pessoas não conseguem superá-los sozinhas, impondo a necessidade de buscar o auxílio profissional adequado.
Assim, “a partir de um diagnóstico clínico ou emocional, as terapias alternativas funcionam como técnicas de apoio, estimulando o organismo a reagir e tornando-o mais receptivo ao tratamento, tento em vista que estudos comprovam que o organismo intoxicado não responde mais aos efeitos das medicações alopáticas. O principal interesse dos tratamentos naturais/alternativos é a prevenção e recuperação da saúde”.
Sob este enfoque, a fitoterapia surge como um grande aliado à Parapsicologia, pois por intermédio do emprego de plantas medicinais é possível alcançar diversos resultados, na medida que proporcionam a desintoxicação do organismo e auxilia nos processos antidepressivos, além de possuir ação calmante, sedativa e hipotensora, inclusive algumas funcionam como ansiolítico e antiespasmódico.
Há ainda inúmeras plantas que ajudam a reconstruir as redes do sistema nervoso, podendo ser utilizada como aliadas no tratamento de doenças neurodegenerativas, tais como as doenças de Alzheimer e Parkinson.
Inúmeros estudos científicos comprovam o poder curador que as plantas possuem, inclusive despertam o interesse da indústria farmacológica, afinal, a maioria dos princípios ativos dos medicamentos industrializados são obtidas a partir da natureza. Logo, entender e compreender as plantas e seus processos de atuação no organismo humano oferece um ótimo caminho para o Parapsicólogo potencializar os resultados das terapias que executar.
Por fim, por intermédio da fitoterapia e do uso das plantas medicinais é possível proporcionar equilíbrio psicobiofísico, assim como eliminar as influências psicossociais dos pacientes. Isto torna indubitável que a fitoterapia contribui com a parapsicologia e suas práticas terapêuticas.
NOTA: Trabalho apresentado na Cadeira de Práticas Integrativas do Curso de Parapsicologia e Ciências Mentais, do Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville – PSI